The TankMan - Por que não devemos nós curvar?


Hoje, dia 5 de junho de 2019, a icônica foto do conhecido como Tank man ou o Rebelde desconhecido, faz 30 anos.
Em uma data tão simbólica e singular, se faz necessária uma reflexão acerca do que essa foto quer nós dizer.

Antes disso, vale relembrar a história por trás de um clique que mudou a história do mundo, imprimindo um único momento por toda a eternidade como um símbolo de resistência, força e coragem.


O ano era 1989, anos finais da guerra fria, a China passava por um período de crescente instabilidade, após a morte de um líder popular, Hu, que estava propagando mudanças de viés mais liberal de de livre mercado, que foi afastado politicamente pelo partido comunista, começou uma série de protestos que levaram o nome de Protestos da praça da paz celestial, ou Tiananman. Afirma-se que cerca de 100 mil estudantes participaram da passeata.
O alto escalão do partido comunista, insatisfeito com a proporção das manifestações, em 15 de maio instalou a lei marcial, que deu início ao massacre que duraria até 4 de junho. No dia 5 de junho, ocorreria a famosa cena do Tank man, enquanto um grupo de tanques, cerca de 15 seguiam rumo a praça, um jovem desconhecido se intrometeu no caminho impedindo a passagem, em um gesto de extrema coragem e rebelião ao autoritarismo governo, mas o que mais se destaca, é que assim como Mahatma Gandhi havia se rebelado contra os ingleses sem levantar nenhuma arma, o rebelde desconhecido se pôs em frente a uma linha de tanques em um gesto de não-violencia.


Muito pode se tirar de tão singular ato de bravura, mas a reflexão que eu escolhi por fazer é de caráter político e filosófico.


Embora não tanto quanto em décadas passados, vivemos em uma época de extrema repressão, seja por parte do governo de forma militarizada, como ocorre em ditaduras como a chinesa e a coreana. Seja por parte da própria sociedade, não é raro ver grandes amontoados de massas de manobra ou pequenos círculos usando de armas como forma de calar e massacrar seus opositores.

Há ainda a opressão velada, a censura, os impostos, as leis injustas, seja na democracia ou na ditadura, o estado mantém seu caráter autoritário, os políticos brincam ainda com os velhos jogos de poder.

E em um mundo de opressão, vale nós espelhar em homens como o rebelde desconhecido. Assim como os espartanos resistiram a invasão persa com um número significativamente menor, assim como Ghandi resistiu aos exércitos ingleses, nós, povo, temos que resistir a opressão e tirania, umas veladas, outra não, várias são as formas de opressão. 

Nós temos que resistir, cada indivíduo deve resistir a tirania dos políticos, não só dos que tem em sua mão poder formal, vendado de legitimidade constitucional, devemos resistir a opressão da grande mídia, devemos resistir as degenerações do mundo moderno, devemos resistir as ideologias, devemos resistir a todos os que tentem pisar em nós, mortais.

Ser livre é reagir a quem tente tirar nossa liberdade, ser livre é resistir, resistiremos a tudo! Se o governo tenta nós pisar, com suas armas, com suas sanções, seus juízes, sua tirania, seu autoritarismo e seu ego, resista! Mantenha-se firme, você não está só, cada um de nós, indivíduos, resistiremos a opressão dos porcos, não importa quantos tanques eles tenham, nós temos a razão. A força, a fé, a coragem, a honra e a razão são as armas do homem, do indivíduo, é tudo o que temos e tudo o que precisamos.

Há uma razão para lutar? A liberdade é o fim total, a liberdade que todos os dias nós é tirada, arrancada por alguém, seja por um criminoso, seja pela grande mídia, seja pelo governo, a liberdade não é o caminho, é o fim. Devemos resistir pois devemos ser livres, não devemos nós curvar, nunca e jamais! Se te chamarem de louco, não se preocupe, tu sabe que tu tens a razão e que isso lhe baste.

Citando ainda a magnânima adaptação de V de vingança, de Alan Moore, Idéias são a prova de bala.

Trazendo um paralelo para os dias atuais, devemos desejar antes de tudo, para aqueles que estão passando por situação análoga aos chineses, embora os mesmos chineses ainda sofram a opressão do partidos comunista chinês, de um irmão brasileiro, para um irmão latino, força ao povo venezuelano!

Don't tread on me!

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